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5 Sinais de que você é um consumidor espiritual

consumidor espiritual
Consumidor espiritual?

Você é um buscador espiritual ou apenas um consumidor espiritual? Troca de prática como troca de roupa? Sabe tudo mas não ‘vive’ de verdade os conhecimentos?

Hoje com tantas informações disponíveis, imensa oferta de livros, palestras e cursos, workshops, retiros etc, etc, etc…. ( E bota etc… nisso!), é comum emendar uma boa conversa sobre espiritualidade em qualquer lugar. Entre praticantes de ioga, meditação, seguidores de mestres espirituais, todo mundo tem um bom conselho ou dica para dar nesse multiverso que é o campo da espiritualidade. 

Além do assunto estar em alta, ainda carregamos a enorme bagagem do sincretismo religioso no Brasil. Levanta a mão quem não tem um ou mais mestre/divindidade/curandeiro/terapeuta para chamar de seu e a quem recorrer nos momentos de aperto?

Não há nada de errado nisso. Eu mesma sou assim. 

Essa pergunta não tem o objetivo de criticar nada, nem ninguém. É apenas para sugerir uma observação sobre como estamos trilhando nossa jornada espiritual. 

Veja abaixo cinco comportamentos comuns que caracterizam um consumidor espiritual.

Então, bora refletir de maneira sincera?

1- Espiritualidade como prazer intelectual – talvez você tenha trocado as horas em frente à tv por conteúdos mais ricos e tenha escolhido a espiritualidade. Fica fazendo cursos, lendo livros, indo a palestras, postando frases inspiradoras nas redes sociais, mas a rotina continua a mesma, mecânica e sem prazer, os pensamentos atormentando o tempo todo, a saúde sucumbindo ao estresse, ou seja, apesar de todo o conteúdo à disposição, os conhecimentos não são colocados em prática. As horas dedicadas ao estudo são prazerosas e você se identifica com tudo, se sente inspirado, motivado. Nos primeiros dias após um curso ou leitura, sente que os conhecimentos estão vivos em você, compartilha o que aprendeu com todo mundo e tem várias ideias de como mudar a vida, mas a rotina vai ocupando o espaço da motivação e tudo volta a ser como antes.

2- Procrastinação – Comportamento bem comum em que a espiritualidade é tratada como uma espécie de bônus de aposentadoria. É a pessoa que diz para si ‘Vou meditar quando tiver tempo, ‘Quando passar essa fase pesada no trabalho vou fazer um curso de Cabala’, ‘Queria tanto fazer esse retiro, mas meu marido não gosta de ficar sozinho aos fins de semana!’, e por aí vai. Aqui, tudo o que diz respeito a conquistar bem-estar, harmonia na vida e alegria é tratado como supérfluo.

3- Espiritualidade para exercer poder sobre os outros – Geralmente quem usa a espiritualidade para parecer melhor do que os outros costuma atrapalhar bastante a vida alheia e a ser bastante crítico. É tipo que, por exemplo, falta no trabalho num dia importante e, quando alguém reclama, solta alguma pérola em forma de ensinamento lido em algum livro famoso. É o primeiro a criticar os outros e a fazer fofocas explicando que só está querendo fazer o bem e que gosta de ser justo, pois esses são também, segundo ele, princípios espirituais. Justifica suas falhas dizendo que é o outro que não é evoluído espiritualmente, usa palavras da moda como ‘gratidão’ sem que elas façam sentido e gosta de exibir seus ‘conhecimentos espirituais’ seja falando ou usando pedras, amuletos, e outros símbolos. Conhece alguém assim?

4- A prática da moda – Novamente aqui o repertório costuma ser extenso, pois o interesse muda de acordo com que estiver em alta. Agora que ‘todo mundo’ medita e faz ioga e está tentando virar vegetariano (mas queria mesmo é ser vegano) é nisso que a pessoa está investindo. É o tipo de pessoa que se esforça para estar em todos os lugares para dizer que conhece. Mas o interesse na novidade dura pouco e logo está buscando a mais nova forma de espiritualidade disponível no mercado.

5- Usa as informações para justificar suas falhas e erros – Esse comportamento é muito comum e muito difícil de ser reconhecido por quem pratica.  Quem usa ensinamentos de religiões, escolas espirituais, sabedorias milenares para não sair do lugar geralmente tem um amplo repertório. Tudo tem explicação e a culpa nunca é da própria pessoa, mas de fatores incontroláveis presentes no Universo e que afetam a vida quando bem entendem. Se brigou com alguém, com certeza a culpa é da astrologia. Se se saiu mal numa reunião, é porque mercúrio estava retrógrado. Se passou mal depois de comer feito louca, deve ter sido porque a energia do local estava muito pesada e por aí vai. Daria para fazer uma bíblia de desculpas usando informações muito bem fundamentadas. 

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