Quando pensamos em detox, geralmente focamos no corpo e para muitos, o objetivo é perder peso. Mas vai muito além e diz respeito a mudanças de hábitos que vão levar a uma vida mais saudável. Em vários níveis e em várias áreas. Enquanto muitos consumidores já se preocupam com a origem dos alimentos que consomem, buscam orgânicos, evitam o desperdício e tentam manter hábitos alimentares saudáveis, um aspecto geralmente não é considerado: o bem-estar animal.
Pecuária intensiva e fazendas industriais mantém grande número de animais confinados a fim de maximizar a produção ao menor custo possível.
Isso significa condições de vida precárias, gerando sofrimento aos animais, em ambientes propícios a doenças, o que leva ao uso de antibióticos que depois serão consumidos pelas pessoas.
Quem não se impressiona com o confinamento e as consequencias desse tipo de negócio, pois acredita que a função dos animais é essa mesmo, a de servir de alimento para os seres humanos, poderia começar refletindo nos ambientes insalubres e na grande quantidade de remédios e hormônios para acelerar o crescimento acaba indo parar no seu prato.
Portanto mesmo quem se preocupa com a própria saúde e despreza o sofrimento dos animais, acaba sendo impactado pelo modelos dessas fazendas.
Ou seja, não importa de que lado a questão é analisada, ela diz respeito a você.
Há ainda o aspecto energético, vindo de alimentos gerados em atmosfera de estresse e sofrimento. Soma-se a isso a crueldade como animais são abatidos e o desespero que muitos demonstram quando percebem o que irá acontecer.
Além de consumir hormônios, antibióticos, a carga energética do seu prato vai tornando suas refeiçõs cada vez piores.
Como alguém que se preocupa com a própria saúde pode considerar saudável se alimentar dessa maneira?
Portanto, carnívoros, bem-estar animal também é assunto para vocês.
Como em várias outras discussões, tendemos a escolher um dos extremos, deixando no meio um vácuo que poderia ser preenchido por discussões mais produtivas, pontos de vista que levassem em consideração diferentes necessidades, mas que tudo tivesse um objetivo em comum.
Digo isso porque é comum escutar o discurso do vegano radical ou do comedor compulsivo de carne que não quer nem tocar no assunto do manejo consciente dos animais.
Um ataca o outro e parece que o verdadeiro foco da discussão se perde para ficar apenas na questão de quem ganha ou quem perde na argumentação.
O fato é que pequenas mudanças na maneira como consumimos pode causar grandes mudanças na vida de bilhões de animais criados de maneira industrial.
Mudamos a vida dos animais, impactamos positivcamente nossa saúde e ampliamos os caminhos para provocar a mudança em instâncias maiores.
Existem diversas empresas e entidades que vem monitorando as condições de criações dos animais e sugerindo a adoção de práticas mais sustentáveis e saudáveis.
Um dos projetos que monitora o bem-estar animal nos negócios de diversas empresas, o Business Benchmark on Farm Animal Welfare, estabelece algumas metas e desde 2012, quando foi criado, viu o número de empresas do setor alimentício preocupadas em atender a essa demanda dos consumidores aumentar.
Das 150 empresas analisadas em 2019, 59% possuiam departamentos destinados a adotar práticas mais sustentáveis e de bem-estar animal. Há sete anos, esse número era de 22%.
Setenta e cinco por cento estabeleceram metas para melhorar o bem-estar animal. Mas o projeto diz que ainda é muito difícil medir esses passos e verificar como as políticas estão sendo de fato colocadas em prática.
As metas estabelecidas pela entidade são:
1 – Sem gaiolas ou outras estruturas de confinamento
2- Ambiente interno enriquecido
3- Ambiente externo melhorado
4- Alimentação via pasto
5- A vida toda na mesma fazenda
No Brasil, a organização Certified Humane monitora empresas que adotaram práticas para bem-estar de suas criações. Além de buscar o selo nas embalagens, é possível pesquisar empresas e produtores no site Certifiedhumanebrasil.org
Quem quiser ir além, pode se juntar a um movimento que vem ganhando força aqui nos Estados Unidos: o detox de produtos de fazendas industriais. A proposta é ficar uma semana sem consumir alimentos de origem animal desses locais e demonstrar o engajamento e apoio usando #factoryfarmdetox
A iniciativa foi da Aspca – American Society for the Prevention of Cruelty to Animals, entidade de proteção e defesa dos direitos dos animais, com sede em Nova York.
Vamos aderir e refletir?
#factoryfarmdetox
#weareanimalpeople #shopwithyourheart #factoryfarmdetox
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