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Falar de estresse no ambiente de trabalho já era comum antes da pandemia. Com o coronavírus mudando todo o panorama econômico e social, não tinha como não ter efeitos também sobre a saúde mental.
Diversas pesquisas vem mostrando aumento nos níveis de estresse. A mais recente foi conduzida pela The Associated Press-NORC Center for Public Affairs Research (parceira da agência de notícias e o instituto de pesquisas da Universidade de Chicago).
“How is the Coronavirus Pandemic Affecting the Workplace?”(Como a pandemia do coronavirus está afetando o ambiente de trabalho?) revela que 1 entre 4 profissionais nos Estados Unidos pensou em pedir demissão.
A pesquisa quis explorar o impacto do coronavirus em geral, como os profissionais, empregados em período integral ou semi-período, estão lidando com o impacto das mudanças na rotina e os efeitos no ambiente de trabalho.
Para mais da metade, a pandemia é responsável pelo aumento dos níveis de estresse: 54%. Outros 33% responderam que não perceberam mudanças e 13% sentiram redução no estresse com as mudanças impostas pelo coronavirus.
O levantamento quis explorar o impacto das mudanças impostas entre os gêneros e mostra que as mulheres se sentem mais afetadas. Sessenta e oito por centro de profissionais negros também responderam que sentiram aumento nos níveis de estresse, o mesmo para 44% de hispânicos. Entre profissionais que se identificam como brancos, o índice foi de 39%.
A percepção sobre o nível de pressão foi maior entre pessoas que voltaram a trabalhar no ambiente de trabalho original – a pesquisa foi realizada em setembro quando empresas começaram a reabrir escritórios.
O aumento no estresse não teve relação, no entanto, com pressão exercida pelo empregador. 80% dos entrevistados avaliam como positiva a postura do empregador, dizendo que sua postura foi adequada ou até melhor ao lidar com os efeitos da pandemia.
A fonte de estresse no entanto não parece ter relação com o trabalho. Pais que precisaram dividir o espaço e o tempo com a educação dos filhos – que também passaram a ter aulas remotamente – foram os mais afetados, segundo a pesquisa, com 68% dos entrevistados.
[…] novas informações vem à tona. Gosto também de ler autores que não seguem a mesma linha de trabalho que eu, a fim de somar, explorar novos horizontes e não ficar fechada numa só […]